sexta-feira, janeiro 25, 2008

Vão me cortar os pés mais uma vez.
Não vão permitir que eu faça parte, que eu seja o abraço mais forte.
Vou ser só mais uma, mais uma vez e outra.
Tudo de novo, a dor, a tristeza, as lágrimas que não cessam.

De novo e de novo...

E esse amor que é tão novo vai ter que morrer...

terça-feira, janeiro 22, 2008

medo de se amargurar pelo que não se fez...

Quem vai acreditar na minha loucura?
Quem vai sustentar meus passos quando eu correr como quem vai de boca ao chão?
Você?
Ele?
Ela?

Ah, não tente me salvar quando o que eu quero é comoção,
Tenho dormido tanto, tenho exalado tanta fumaça atroz e suspirado em doces versos pra te fazer levantar.
Você não levantou amor!

Quero dormir até esquecer que você dormiu...

Quero vomitar essas horas de sangue e de mentiras...
Quero um nariz que não falhe.
Um sexo que não sangre.

Quero esquecer que a vida vai passar independente se estou acordada ou não.
Quero não pensar que estou sendo escrava do que me move, do que eu amo.
Do que eu sei que é amor e que vai passar também...
Me deixa ir...

Me beija a boca e ao menos me belisca a alma, pra que eu possa respirar.
Pra que eu sinta o sentido, pra que eu ainda tenha forças pra inventar sentidos... Por mim, por você e quem sabe por nós.

terça-feira, janeiro 15, 2008

janeiro continua sendo o pior dos meses...


Comi pouco no almoço.
Compensei com o sopro que me deu no estômago.
Eu estalei os dedos até doerem essa manhã.
Acordei cedo, chorei um pouquinho, até a tristeza se transformar em raiva.
Da raiva eu quis fazer um desenho, mas não quis procurar o lápis de desenho.
Já reparei que quanto mais a gente se entrega e vai alto, mais lenta é a queda, vai-se descendo devagar, raspando os braços na parede áspera da nossa insistência em voar com a asa do outro.
Depois senti fome, a vontade de chorar voltou, mas eu olhei pra chuva e tentei sorrir com a alma entre os dentes, querendo fugir de tanto susto, dessa vida de assombro que me abraçou.
Ele me ligou pra ter certeza desse amor que já foi tão certo...
Hoje, TALVEZ, seja acorde errante na minha canção.
Eu não agüento mais esse mês...
Eu sinto mais amor que raiva.
Mas ninguém precisa levar isso a sério.
“Espera passar... Também te amo, boa noite...”.