terça-feira, maio 06, 2008

alegoria de mim mesma.


Eu só tenho vinte anos, mas sei o que move cada canção de amor que ouvi durante esta minha breve vida.
Porém, é um mistério para mim como entre tantas misérias e cólera, a humanidade prefira cantar o amor.
Logo nós humanos que fazemos do amor uma farsa tão besta, logo nós humanos que só sabemos demonstrar dor com sangue e lágrimas. Porque você pode falar por horas e ninguém te levar a sério, porém, se você começar a chorar e sangrar parece que legitima a dor idiota que não merecia sequer que você falasse dela.
Amor e dor, a rima mais piegas que eu já vi, mas se distanciando da poesia, fazendo-se ver estes dois somente como a placenta da existência humana, dá pano pra manga pra qualquer idiota metido à inteligente discursar...
O amor é para os mais tolos, sentimento de massa que faz qualquer um notar o quanto é miserável e limitado.
A porra do amor não sente qualquer remorso em nos roubar os dias, os meses, os anos, a pequena existência; porque eu ainda tenho a convicção de que uma vida inteira as vezes não tem o profundo significado que alguns meses podem ter.
É assim mesmo: vários cretinos entrando e saindo das nossas vidas; levando tudo que há de melhor no nosso ser já tão patético e vazio.
E entreguei todo o meu ouro por amor. Sequer recebi dignidade de troco.
(Se puder fingir que eu não existo eu agradeceria, já que fingiu coisa pior quando jurou que me amava).
Mais palavras, duma mensagem que era pra você. Enfim, me esquece, desaparece de vez, por favor... Eu já chorei e já sangrei nos seus braços e mesmo assim você não me levou a sério. Você já pensa demais em você mesmo, não preciso mais pensar.
Foda-se! Eu sigo, mesmo sem sentido nenhum.