segunda-feira, dezembro 02, 2013

Quimera de dezembro


Um delírio de fim de noite em forma de samba-canção,

a saudade sim é uma arma quente

 um tiro na penumbra,

uma manhã de rock’n’roll baixinho no meu colchão.

Pra cada amor que se perde mais silêncio,

fui eu que parti,

mas quem quebrou nosso espelho foi você.

Das alturas se vê até o que não se quer,

desse lado do planeta a solidão engarrafada sem mar pra levar,

coisas não ditas em versos malditos de adeus.

E pra cada dia que não te vejo faço um risco nas minhas coxas,

testemunhas coagidas de suas mãos,

hoje eu sei que nunca mais vou sentir seus verbos insolentes na minha orelha fria,

sei que os traços do seu rosto nunca pedem perdão.

Quimera de dezembro que não engana mais ninguém,

é medo da verdade,

é sonho sem respiração.

 

segunda-feira, novembro 18, 2013

Nunca mais.

Desilusões levam a gente pra bem longe ás vezes... Até um pássaro que ama uma árvore se vai quando sente que está em perigo. Mas, não, eu não tenho medo do perigo, não foi isso que me fez partir. O que me levou embora foi um coração partido, a incerteza do futuro que deveria ser certo já que se tratava do mais puro amor. No entanto, amor tem que ser verso de dois...
Desilusões nos arranham a face triste, enfiam farpas por debaixo das nossas unhas e justificam nossas inúteis lágrimas solitárias no escuro de uma cidade que não é a nossa.
Agora é o vento que indica o caminho, é o sonho de não ter mais sonhos que movem as pernas cansadas. É o sorriso adiado que se faz meta, é a paz esquecida que é procurada em novas esquinas. É aquele gosto amargo da desilusão que não sai da boca nem com o mais doce chocolate...

quarta-feira, janeiro 09, 2013

poema de merda para uma situação de merda

Era luz de lanterna de pilha fraca,

era meu sorriso se aproximando do seu ,

era espera de filme,

e só trailler no fim.

Agora é cinza nos olhos,

passagens e desvios,

um caos de saudade sem aviso,

um aviso de caos no seu desvio.

Seu terremoto não é o mesmo que o meu,

só que a terra resolveu dormir porque eu pedi por ti,

mas nossas mãos se soltaram e seu silêncio inquieto a acordou.

Sempre seu silêncio que agride,

sua ausência mal explicada que nem notas o estrago que faz,

o desassossego que faz engolir a quem fez a terra adormecer por ti.