sexta-feira, outubro 03, 2014

Ao homem dos olhos da cor do cabelo



Eu queria uma noite que não amanhecesse pra que nosso delírio ébrio ou não, arranhasse forte as entranhas do tempo.
Como a vida em duas rodas entre as balelas que a gente conta sorrindo, queria tudo leve e simples assim. Uma vertigem de paz pra quebrar essa sua fúria.
Das coisas que eu não entendo e que me faltam quando não sobram: silêncio e gozo nos lençóis. Por um sorriso seu a mais, pra você dormir bem, pra não maldizer a vida, pra tudo ficar bem; me transformo e mutilo e  é sempre pro seu bem.
Guarde todas essas armas e essas frases prontas, essa é outra história, é mais do que tudo que passou e menos do que nosso cansaço pode supor.
Não tem príncipe, nem princesa, não tem conto de fadas que comporte mentes tão brilhantes; somos duas pessoas que tão de reais beiram o cinematográfico: ímpares, belos & loucos.
Vamos rir do que tem graça e desfazer qualquer vestígio do que nos afaste.
Eu compro essa briga mesmo sem saber brigar e você? Tira esse nó do peito e só me abraça! Já somos o verso maior dessa canção que ouvidos tolos não suportam.

Amanda Cristina Carvalho
Londrina, 11 de setembro de 2014. 16:20

quarta-feira, outubro 01, 2014

114 tons de desesperança

São nos momentos mais difíceis que a nossa consciência turva enfraquecida
 pelo cansaço e o desejo de desistir nos leva a compreensão de que todos nós somos inocentes e vis ao mesmo tempo.
 Cada um cultiva sua utopia, sua pseudo zona de conforto. Que é frágil como o sorriso. Cada um se mutilando em saudades do que não se repete.
No fundo todo mundo quer acreditar em alguma coisa e nem é saudável questionar a fé de ninguém, feliz de quem acredita e que sua base ilusória e delicada nunca se quebre.
Da tentativa de acordar a mente com muitos copos de coca-cola, sorrisos e aquela leveza que nem se sente mais.
Cada vez é mais complexo e pueril acreditar que as coisas vão melhorar. Dá a impressão de que estamos numa redoma de vidro respirando um ar mórbido e acordando com gosto de sangue na garganta. E envolto de desconforto, você continua porque sabe que, esse mundo por mais atroz e injusto; não é forte o bastante pra te vencer por completo.
O que mais atormenta é lembrar das sensações boas que existiam, e nos vemos deitados, acenamos mais pra nada e se possível comeríamos as folhas desses calendários malignos.

E resistimos como flores no asfalto gasto, bebemos da chuva e anulamos o coração engolindo pílulas que nos tornam resistentes a solidão que é como cair em si sem conseguir sair do lugar... Queda lenta e necessária sem ninguém pra assoprar os ferimentos.

sexta-feira, agosto 29, 2014

pequeno relato de um agosto inconstante e tão igualmente sinistro


Da juventude e dos desvarios provei quase tudo e nada me bastou, porque aquilo que tanto se joga ao vento um dia o vento não traz mais.

De todos os rostos que eu trago ainda lúcidos na memória o último é sempre aquele que eu quero esquecer, que eu quero moldar ao meu modo, desmembrar, fazer de tolo na parede do pensamento.

As cidades são todas iguais quando não há mais nenhuma voz que te faça ficar, os sapatos mudam, a cor do céu também, mas a chuva que molha sua cabeça tem sempre um agouro novo que cabe a ti torná-lo bom ou a pior das suas maldições... E tudo que ela quis te dizer é que não se pode esperar abrigo em pessoas, tampouco, em sonhos rasos.

Do amor e daqueles abraços que nos deixam desarmados, sonolentos, todo cuidado é pouco. E duvido que alguém se lembrará de levar guarda-chuva ou blusa de frio, deitado nu, no sono ardiloso e hermético daquilo que se  parece com amor. E ninguém ao certo sabe se é.

quinta-feira, maio 08, 2014

"Tempos negros, tempos maus..."

É difícil conter alguns anseios mortos dos sonhos, como eu andando rápido pelas ruas dessa cidade que nunca será a minha...
Quase como aquele dia em que eu disse da poesia que ele me inspirava, claro que baseada em coisas que eu criei.
O problema do mundo é que as pessoas se fecham em opiniões formadas, baseadas em outras opiniões também distorcidas, porém se julgam formadas...
Sonhei que o Senado pegava fogo, que o Brasil perdia a copa e que todo o sangue derramado por injustiças de “justiceiros zé povinho de rua” manchava a farda de todos os policias militares. E o Facebook e o Instagram eram banidos por 24 horas e muitos não souberam como viver nesse dia sem contar pra mil pessoas o que estavam fazendo. Até o almoço dessa gente não teve sabor por não estar no filtro certo.
Fatalmente, acordei e tudo teve fim, e esse fim está nas trevas dessas ultimas notícias, jornais que torcidos fazem escorrer sangue de gente nem sempre inocente, mas que é espancada por gente quase nunca inocente.
E é um gosto amargo de olhar pela janela pra se contaminar com o que vem do mundo.  Tempos de amor exaurido, verdades absolutas em letras grandes pra expor o absurdo.
Não se encontra mais acalanto pra tristeza do luto que só aumenta.
Uma morte mais bizarra que a outra toda semana. Pessoas sendo perseguidas acusadas de bruxaria como em campos na Idade Média.

 A tecnologia a serviço das tiranias do passado é a fonte da nossa desgraça.

quinta-feira, março 20, 2014

quarta-feira, março 19, 2014

Um texto desesperado e místico


Se você escrevesse dizendo que o ama muito e que só queria uma boa relação, seria julgada como idiota e ele certamente a humilharia mais uma vez... Se mandasse uma mensagem dizendo que o odeia mais do que a saudade que sentes das memórias e momentos bons e não dele, ele te ofenderia... Ou faria pior, te ignoraria até sentir suas veias pulsando de fúria.

 O fato é que certos amores não vingam na prática. Mas, no seu coração sim...

 Ele seria incapaz de pegar o telefone e te dizer qualquer coisa, ele nem se lembra dos seus olhos que o amedrontavam. Você come o pão que o diabo preparou até com certo carinho, mas vomita em versos toda uma sensação humilhante...

 Então, você tenta, tenta, pula, corre, rasga o peito, sangra os olhos e aquilo continua ali, te atormentando, corroendo e pra piorar tudo você procura e encontra os vestígios que precisa pra se certificar de que você já era na vida dele, que foi simples como mudar de rua, como trocar uma camiseta. Enquanto você troca de vestido mil vezes e continua na mesma.

 Você que já sentiu outros cheiros desde então, se deixou levar em outros braços e até sorriu... Porque essa porra não deve ser mais amor e sim alguma doença mental que te acarreta esses sintomas doentios.

Daí você se contorce na cama antes de dormir e pensa que não vai pegar no sono jamais, o celular te interte, mas é muito vazio pra distrair um coração que quase salta do peito em alguns momentos, em outros sente estranheza e fica mirabolando monstros em árvores no cenário da mente...

E são dois fotogramas macabros que você carrega na memória, coisa que não agrega valor nenhum, e sabe-se no fundo que é um masoquismo habitual seu que nem merece tanta atenção... Então você segue com as coisa do seu dia, trabalho, a poluição, as mais diversas expressões humanas e humanos diversos... Muita gente que não é ele, e ele se torna lembrança... Mas é lembrança que vira fantasma, que vira flor carnívora e vira pensamento... E quase que... Mas, passa, porque você tem que ir, atravessar, pagar, comer, lidar e olhar mais expressões humanas, que trazem mais humanos, e você descobre que o problema é universal...

O mundo tá cheio de pessoas ruins, de policiais extremistas, violentos, maldosos e um bando de fascistas que concordam com tudo isso é absurdo.

E tem toda a sua vida aguardando tudo aquilo que você já merece ter... Por mérito próprio reflexivo e conquistado.

 Mas, agradeça a confiança ou o que chegar com traços dela e se apegue a isso.

Coração a gente não consegue nem roer um pedaço dessa porra mesmo.

Mas coração também é artigo de luxo no mundo contemporâneo, e eu sei que valoriza e sabe como deixar bonito de se ver o seu...

És só coração garota, mas, dessa vez cala a boca dele porque seu cérebro está gritando e vai ser escutado queira o trouxa do seu coração sim, ou não.

  Tudo ficará bem... É certo, estes são só traços de um pequeno momento de transição, as sensações não condizem mais com os atos! Essa é a prova de que Deus existe, pelo menos um pouquinho!

Agora procure ver a vida no olho de um gato, bem de perto, melhor oraculo que olho de gato não há...

Seja um pouco bruxa e fique como quem busca parecer perfeito sabendo que nunca será, porque em certos ambientes você não precisa ser e apenas aparentar ser.

E jogue o jogo deles, mas nunca se esqueça de que no seu mundo não existe jogos, apenas a cantoria!

Deixe a poesia estar em tudo, mesmo que em pitadas pequenas, você sabe que poesia é uma espécie de força extra que se nasce com ela.

O resto é resistência mesmo... Ás vezes falha... Mas ninguém morre de amor, já dizia minha tia.

E nem é esse mais o seu problema, então, não vá se precipitar little girl.

 

sexta-feira, fevereiro 28, 2014

Fim do verão nos nossos olhos


Nossas crianças crescerão, nossos pais, fatalmente morrerão.

Vai restar no coração lembranças vagas e algumas lembranças coloridas, muita saudade que não muda nada, que sequer nos tira do lugar...

Vão sobrar sonhos multiplicados com medo, o tempo vai passar pra todos, do mais nobre ao mais vil.

As únicas certezas que temos é a do amor que damos e do tempo passando, escorrendo pelos ralos, pelas unhas, pelos muros, como relva em alvoradas frias.

Tão imediato quanto o tempo é a urgência em amar de novo. Pra se sentir completo, num êxtase contraditório de se dar tanto até ficar vazio... Até o coração parar de bater e romper o silêncio com o barulho da solidão e da morte, enfim.

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Lembranças


E hoje me deu de ficar lembrando de você, daquele jeitinho engraçado que tinha de andar meio de lado, meio dançando, rindo, vindo na minha direção.

Lembrei-me de como você fazia festa com o barulho chato da sua moto, como se fossem fogos de artifício pra comemorar a vida que nunca esteve tão boa.

Nunca entendi quando estavas realmente feliz ou do que tentava se convencer.

(Que tola eu, falar de felicidade... Quem é feliz? O que nos faz feliz?)

Fiquei pensando, também, na razão de desejarmos tanto um final feliz, de encontrar logo o tal último romance e cessar as procuras vãs, os desenganos. Mas, o próprio amor que se deseja eternizar já é o engano. Mas, é tão urgente essa necessidade do “pra sempre”.

Lembrei-me do jeito que me olhava no meio da madrugada, quando nossos sorrisos de vidro se quebravam por tolices, inseguranças e ciúme banal. Na verdade, eu sonhei que tomava banho num banheiro e do vitro eu via seu olhar mais sinistro no banheiro ao lado.

Todas as vezes que sonho contigo estamos dentro de um banheiro. Simbologias oníricas á parte, eu não gosto desses sonhos que tenho contigo, acordo com medo, pressinto seu mal e eu nunca desejei seu mal, e nunca sequer pensei em lhe cobrar pelo seu estrago.

Hoje me despi do pijama e vesti-me de memórias suas, nossas, mais suas que nossas, porque tudo que está passando na minha mente hoje como um filme P&B são seus trejeitos, seus nove modos de sorrir, as quatro entonações da sua voz, cada detalhe que só uma menina apaixonada poderia ter percebido.

Porém, eu perdi meu coração junto com o RG nessa cidade estrangeira (entre tantos maços de cigarro e o cartão do ônibus), acho que me esqueci dos meus sentimentos, dos sentidos, do amor que eu tinha pelo meu passado e muito do que eu era. Bom, não vou falar de sentimentos... Vou lembrar de ti, já que não tenho outra opção, até alguma distração nova surgir, uma irritação... Até a TPM passar...

E como dizia Renato Russo: “Saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago...”.

Deve ser...

 

 

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Afasia


Passos rápidos,

descompassado é mesmo o coração e o ritmo desses dias,

uma pequena gota da poça que todos desviam

é assim que se sente o universo em mim.

 

Eu nunca vi fadas ou duendes sangrarem,

eu nunca ouvi falar em confiança sem sacrilégio,

sou formada por desnecessárias  petulâncias e complicações mulheris.

 

Gosto de pimentas fortes,

me espaireço entre destilados melhor quando estou sozinha,

eu não posso ter medo,

eu não me decomponho no vazio do banal.

Mas, eu também brinco com lágrimas rasgando folhas de calendário,

 vejo mais do que queria,

tentando animar o corpo com melodias que nem sei me agradam.

Tudo desde que descosturei algumas letras,

desconstruí certezas,

 e o prazo de validade da minha solidão não expira,

não alteram o sufoco das batidas,

o ofegante da respiração,

 nem mesmo quando me vejo nos seus olhos,

ou quando meus dedos encontram a sua mão.

 

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

O AMOR SÓ PODE EXISTIR ENTRE ASPAS QUANDO SAI DA SUA BOCA


A impressão dilatada e vazia do amor que se faz de morto é muito peculiar como os sonhos que nos esquecemos de sonhar.

É como quando não se ouve um conselho de mãe e mais do que molhado, se volta rasgado e sem partes das unhas e da alma pra casa.

Quando que a lança torta do amor afeta nossa consciência e enferruja o sorriso da nossa ternura?

Por que nossos corpos se perdem entre mãos que não são as que conhecemos?

Gostamos mesmo dessas noites ou apenas procuramos engolir com vinho o que não suportamos durante o dia?

Das vontades, dos medos, dos nós na garganta todos temos que suportar fingindo ser fortes... Porém, até onde vai o que de leviano nos separa do amor?

E a quem cabia mesmo o amor? Ele vai pra onde quando nossas línguas destilam venenos novos?

Não tenho vocação pra vítima, tampouco, para um falso moralismo, somos livres até quando estamos presos, a eternidade não é culpa, é bônus pra quem é sincero... Mas, se eu te encontrasse na rua, eu apenas queria te perguntar de quantas mentiras era feito aquele seu tal “amor”. De quais cores você se lembra quando pensa em mim... E qual foi o gosto da boca que não era a minha.

Não me preocupo mais em entender seus temores, seu repúdio ao sonhar, sua paranoia em ver cenas que não estavam no filme... E qual seria o gênero do nosso filme? Qual tipo de novela poderíamos criar com as palavras que você não disse por mera maldade quando eu precisava ouvir?

Qual tom de cinza dos seus olhos se apresentou pra ela?

Ela sabia dançar ao som do seu silêncio com tanta graça quanto eu dancei? Que sabor teve sua saliva ao vê-la partir com outro? Ainda mais um outro tão conhecido.

Talvez, eu tenha todas essas respostas, quem sabe virar passado me dê uma moldura bem bonita na parede da sua memória.

Mas, não tem nada de bonito, de moldura, de dança... Não tem nada não. Somos dois delituosos, a diferença é que você é sádico e eu sou só indulgência.

Não sustentarei mais uma saudade que não me ampara. E me dá aflição só de imaginar o som fúnebre da sua voz contando mentiras doces, blasfemando aquele sentimento lá... Aquele que agora eu nem sei se existe ou pra quê tipo de ilusão serve: o amor (piada com meu nome nas mesas dos bares que você frequenta).

Então está selado o nosso fim, logo nós, e nem tivemos a chance de tomar uma cerveja pra velar aquilo que um dia eu chamei de amor.

Todas as palavras “amor” deste relato poderiam ser substituídas por chocolate, insônia, abraços demorados, canções, semi-sorrisos, volúpia, lágrimas, saudade, renúncias, sorrisos cabais, vodca, madrugadas inteiras de beijos, danças, insistência, euforia e tudo que ilude e faz pensar que é amor. Mas, da sua parte nunca foi amor.

Eu estou olhando para o  nada e buscando sensação correspondente pra essa situação, não sei dos seus erros qual deles me expõe mais idiota diante os olhos do mundo.

Mas, não é o mundo que me preocupa, é o meu mundo que eu construí baseado nas suas palavras falsas, na sua inconstância, na sua violência e desejo que me deixa tão perplexa e confusa assim.

Agora é tarde. Sempre foi tarde?

Com quais versos eu canto a poeira que ainda está nos meus olhos de tudo isso que não ficou?

Se eu não moro mais no seu pensamento eu tenho que encontrar um lugar mais limpo pra habitar minha literatura barata, mas visceral e sincera, diferente dos seus acordes que não passavam de alegorias pra encantar garotas ébrias.

Suas balas eram de festim, as minhas de poesia: ferem só as costas de quem mente. E a gente mente, mente pra sobreviver, pra não destruir, pra desarmar, pra prender nos braços o que já teve asas. A gente mente pra passar a noite em paz, mente até que ama, acredita quem pode, fica quem quer.

E eu não fiquei, porque no fundo a beleza desse seu “amor” era tão frágil como uma mentira bem contada.

Sabia sim, dos riscos que corria ao partir, de perder minha mentira preferida, perder a falácia que me fazia sorrir, logo eu que não sou de sorrir, logo eu que não sou de acreditar.

Arrepender-me?

Pra quê?

Mostre-me um relógio que faça o tempo voltar que talvez arrependimento faça sentido, me mostre uma foto antiga de um beijo de amor (meu, não seu) que eu grito para o vento que não sei me arrepender e que não faz mais sentido nem me lamentar.

domingo, janeiro 12, 2014

Dias de adolescente numa vida adulta e domingo de novo...


Então a idéia é esquecer, não se deixar levar por confusões e paranoias quando já nem se vê a pessoa... Tipo uma música brega, mas linda do 3 doors down, q não vou lembrar o nome. Ok! Eu acordei sete e meia, dormi quase 4 da manhã vendo filme que ainda nem terminou. Tem mais duas partes. Foda demais. Mas, não é sobre cinema esse texto, ou é também, sei lá. É sobre qualquer coisa. Mas, o assunto mesmo, é que ele nunca me disse não me queria mais "porque você não diz que não me quer mais, porque  não deixa livre o meu coração?"(Essa da Alcione no videokê é nostalgia).  Garotos são tão imaturos. Entendo porque tanta garota gosta de garota. Eu já chorei tudo q eu tinha pra chorar eu acho. Então comprei um energético e vim caminhar no lago. Meu lado saudável da semana é esse: a volta no lago domingo de manhã. Com os fones e o som pulsando nos tímpanos até esquecer um pouco a influência da sua mente. Então, estranhamente,  enquanto eu dormia acho que Deus costurou uns pedaços da veia larga de onde jorra tudo isso; e quase não me sinto sangrando nessa manhã. Mas, bem longe de estar alegre. Mas, tô bonitinha. Aliás, quanto mais perdida em complexidades melancólicas e nostálgicas de quem está em terra estrangeira mais bonita parece que eu fico. Nisso eu vou ter que concordar com ele, sobre o lance do ego. Mas qual mulher não precisa se empenhar em estar bonita quando está vivendo por si mesma, sem abrigo nenhum, fora as songs, os livros e os filmes... " a paisagem muda , mas a entonação é a mesma..." (música gaúcha q ouvi na uel fm, que é bem melhor q a usp fm viu gente;  ouçam pelo site se der.).Então, eu estou mudando de assunto numa rapidez maior do que a da minha mãe. Hahaha. Falava sobre ele não querer mais falar comigo e ouvir dizer a seguinte frase: "ele está vivendo". Então, eu sou mulher o bastante pra deixar alguém em fleuma, mesmo que a pessoa seja tão covarde e nem saiba usar os termos mínimos necessários para isso (sim, eu tenho alguns manuais de éticas pra certos assuntos que eu julgo sérios mesmo, rs: sexo, comida, amizade, dinheiro e consideração.) Ok! Como sempre baby a gente faz tudo do seu jeito. É carinho que a gente ganha sem nem merecer, uma coisa filantrópica e mandraca que se dá de alguém pra outro alguém. Certa piedade por seres com patologias psiquiátricas. Hahahahha. Embora, você nunca tenha respeitado quando eu pedi pra  não falar mais comigo (nossa tá tão “Malhação” isso aqui... Rs). Eu sou bem diferente de ti em muita coisa, principalmente que eu sou muito mais do bem que você, embora seja meio louca e inconsequente e já tendo magoado muita gente que me ama por isso. Inclusive Mas, pode contar com meu silêncio e minha habilidade mais dolorosa quando ainda tenho as iniciais de quem se chama de amor no coração... Eu sei libertar as pessoas. Ao contrário de ti que faz seu inferno parecer confortável convencendo qualquer um a ficar.  "Mas eu não quero pra  o que você quer pra mim" (Mato Seco é quase uma oração pra mim, aliás tenho descoberto várias maneiras livres de oração... Até uma criança já deve ter descoberto isso rs).

Pois bem,  eu estou te deixando ir. Na verdade quem já foi fui eu, eu prolongo isso ainda por amor, você deve ser por falta do que viver verdadeiramente, algo que vai além das suas futilidades, da sua rotina de sorrisos falsos.

 É só mais um domingo. Vou pensar assim. e não pensar mais. Viver canções no meu fone e caminhar. "Melhor pensar que não me serve" (Ana Carol)

PS: post meio maluco, eu sei. Mas esse blog é pessoal , é literário, é de informações. É o que eu quiser porra. Resumindo.

“Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos..."

FiM (ponto final)

terça-feira, janeiro 07, 2014

summertime sadness


Os dias são quentes mas o ar condicionado condiciona qualquer coisa menos sua atenção que se faz eficaz ao extremo.

A solidão vicia mais que os cigarros, mas a saudade é tão pertinente e se enraíza em tudo.

Se sentir tola e austera ao mesmo tempo é só pra quem é forte (

E nem sabia que era forte).

Nos bolsos muitas moedas, chicletes e histórias que não va ter a quem contar.

Os dias só levam as partículas, a poluição, os pensamentos mais doces e os substitui por objetividade talvez necessária pra formar um lado bom que  ainda  não se tem formado.

Sorrisos são rápidos, as palavras sempre as certas, os acertos maiores que os erros, mas, jamais com a dimensão absurda duma saudade idiota.

“Você é estranha, só fala quando quer...” - a miss vibe dezoito anos alegre e frescamente encantadora proferiu.

‘Ás vezes não tenho  assunto, por isso não falo nada...”- passo a mão no cabelo.

“Sinto saudade da  minha mãe... E sabe aquele dia em que você só tem vontade de chorar ¿ Então, meio assim...” – engulo a  carne de porco sem tempero.

E passei o dia em ocupações profissionais, intervalos involuntários duma mente de quem é metade saudade, metade vontade de consertar o passado. Tola de novo.

Queria mesmo era a melodia desgraçadamente linda da sua voz, aquele abraço, e melhor parar por aqui com meus desejos em frases.

Então, é preciso respirar fundo e reforçar aquela mania bonitinha (de menininha) de  sempre crer fielmente que uma hora outra acontece algo mágico e muda tudo, como sempre do nada ocorre na minha vida.

Vou tentar dormir mais cedo, mas me indago pra onde vai toda a angústia e lembranças de um dia quando fechamos os olhos e por alguns instantes nosso corpo se despede de nossa alma.

Eu queria saber o que fazer com o amor, queria um mundo de mais gentileza e liberdade pro trejeito estranho do outro, mas, já estou velha pra crer na revolução e nesses anseios altruístas pro universo.

Um dia eu descubro algo útil pra fazer com meus sentimentos pra  não conviver com a inutilidade de um coração repleto que só espera empatia de um mundo, onde definitivamente ela não virá.