É difícil conter alguns anseios mortos dos sonhos, como eu
andando rápido pelas ruas dessa cidade que nunca será a minha...
Quase como aquele dia em que eu disse da poesia que ele me
inspirava, claro que baseada em coisas que eu criei.
O problema do mundo é que as pessoas se fecham em opiniões
formadas, baseadas em outras opiniões também distorcidas, porém se julgam
formadas...
Sonhei que o Senado pegava fogo, que o Brasil perdia a copa
e que todo o sangue derramado por injustiças de “justiceiros zé povinho de rua”
manchava a farda de todos os policias militares. E o Facebook e o Instagram
eram banidos por 24 horas e muitos não souberam como viver nesse dia sem contar
pra mil pessoas o que estavam fazendo. Até o almoço dessa gente não teve sabor
por não estar no filtro certo.
Fatalmente, acordei e tudo teve fim, e esse fim está nas
trevas dessas ultimas notícias, jornais que torcidos fazem escorrer sangue de
gente nem sempre inocente, mas que é espancada por gente quase nunca inocente.
E é um gosto amargo de olhar pela janela pra se contaminar
com o que vem do mundo. Tempos de amor
exaurido, verdades absolutas em letras grandes pra expor o absurdo.
Não se encontra mais acalanto pra tristeza do luto que só
aumenta.
Uma morte mais bizarra que a outra toda semana. Pessoas
sendo perseguidas acusadas de bruxaria como em campos na Idade Média.
A tecnologia a
serviço das tiranias do passado é a fonte da nossa desgraça.