domingo, setembro 21, 2008

by my side na jukebox.

A sensação de não saber (e de saber) exatamente o que vai acontecer quando você se aproximasse.
Nós dois com sorrisos cretinos no rosto, ambos desejando chorar até o amanhecer.
Sempre tenho a sensação de que é última vez em que estamos juntos enquanto a gente caminha pelas ruas.
E sempre desejo que seja a última vez.
Há certa tendência em mim de tentar ignorar todas as coisas bonitas que acontecem entre nós, mas isso eu sei te explicar e você sabe como entender.
No entanto, as coisas ainda são belas, ainda que sofridas.
Fingir dormir por duas e horas e meia, abraçada com você, cabelo molhado, franja que virou cachinhos; vendo-te dormir pelo espelho...
Ter certeza de tudo por algumas horas e depois te abraçar, pegar o metrô.
Ter os joelhos esfolados, dormir o dia todo e não conseguir sequer escrever algo sobre a nossa noite, não por falta de enredo, não por falta de amor, mas por uma falta de esperança tremenda e por não saber sequer se o que te fiz foi bem, ou se nós somos a raiz do nosso mal.
Teria feito por qualquer pessoa que eu goste o que eu fiz por você ontem, mas eu fiz por você.
Os fatos se explicam por si mesmos.
Não nos casaremos semana que vem, você não me ligou e está quase na hora de tomar o comprimido.
Agora eu passo o resto da semana fingindo que nada disso tem importância, que eu posso abrir mão de tudo isso por... por sei lá o que.
Enfim, foda-se, foda-se tudo!
Eu sempre paguei o preço dos meus atos.
Boa noite, não precisa me agradecer por salvar sua vida mais uma vez.

quinta-feira, setembro 18, 2008

"ah se fosse a saudade, mas são teus olhos que me seguem, que me cegam..."

No vidro da janela da classe eu vi meu rosto.
Arrumei a franja do cabelo que não penteio há dias.
Fiquei olhando meu rosto meu pálido, os olhos escuros ainda que inchados.
Por um instante pensei que ouvia sua voz no meu ouvido, como naquele dia que tentei esconder tristeza de você: “Claro que você está triste, quando fica mal seu rosto fica bem branco e seus olhos ainda mais negros mesmo que inchados pelo pranto”. Você vê, só você sabe me ver...
Era bom estar triste naqueles dias, eu não era somente uma garota triste (...), eu era a sua garota triste, e mesmo sem um puto (...) , eu podia acalmar meus olhos no seu olhar... E ainda é você o único lugar do mundo em que me encontro de fato. E apenas sorrio, porque de alguma forma ainda posso estar em você, em raros dias negros de saudade antiga, mas que num beijo se tornam luz.
Sequer sei abaixo de que lua estamos, se o nosso time jogou...Você se foi, e o preço do (...) subiu. Caralho!
(Quase um ano, e ninguém vai sentir isso por mim. Pudera nem eu sentir também...).