terça-feira, janeiro 07, 2014

summertime sadness


Os dias são quentes mas o ar condicionado condiciona qualquer coisa menos sua atenção que se faz eficaz ao extremo.

A solidão vicia mais que os cigarros, mas a saudade é tão pertinente e se enraíza em tudo.

Se sentir tola e austera ao mesmo tempo é só pra quem é forte (

E nem sabia que era forte).

Nos bolsos muitas moedas, chicletes e histórias que não va ter a quem contar.

Os dias só levam as partículas, a poluição, os pensamentos mais doces e os substitui por objetividade talvez necessária pra formar um lado bom que  ainda  não se tem formado.

Sorrisos são rápidos, as palavras sempre as certas, os acertos maiores que os erros, mas, jamais com a dimensão absurda duma saudade idiota.

“Você é estranha, só fala quando quer...” - a miss vibe dezoito anos alegre e frescamente encantadora proferiu.

‘Ás vezes não tenho  assunto, por isso não falo nada...”- passo a mão no cabelo.

“Sinto saudade da  minha mãe... E sabe aquele dia em que você só tem vontade de chorar ¿ Então, meio assim...” – engulo a  carne de porco sem tempero.

E passei o dia em ocupações profissionais, intervalos involuntários duma mente de quem é metade saudade, metade vontade de consertar o passado. Tola de novo.

Queria mesmo era a melodia desgraçadamente linda da sua voz, aquele abraço, e melhor parar por aqui com meus desejos em frases.

Então, é preciso respirar fundo e reforçar aquela mania bonitinha (de menininha) de  sempre crer fielmente que uma hora outra acontece algo mágico e muda tudo, como sempre do nada ocorre na minha vida.

Vou tentar dormir mais cedo, mas me indago pra onde vai toda a angústia e lembranças de um dia quando fechamos os olhos e por alguns instantes nosso corpo se despede de nossa alma.

Eu queria saber o que fazer com o amor, queria um mundo de mais gentileza e liberdade pro trejeito estranho do outro, mas, já estou velha pra crer na revolução e nesses anseios altruístas pro universo.

Um dia eu descubro algo útil pra fazer com meus sentimentos pra  não conviver com a inutilidade de um coração repleto que só espera empatia de um mundo, onde definitivamente ela não virá.

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