sexta-feira, julho 20, 2012


A altura do tombo tem sua medida em tempo... Tempo que se perde que não volta nunca mais.
O passar do tempo sempre será nossa pior mazela.
Eu espero pelo menos que, enquanto jovens aproveitemos a sensação única que é a juventude e todos os seus sabores.
De fato, sensações interessam a qualquer um, em alguns casos a barganha com o diabo é certa, por doses cada vez mais saborosas de sensações.
E por outro lado, o que se esconde já esteve exposto em pele, pingando sangue por toda a cidade.
Cidade que sempre tem cenários & cenários que nos engolem e elevam numa intensidade doentia, viciante... Sensacional! Eu diria sorrindo e também, diria chorando.
A cara amarrada é quase a máscara uniforme. E eu acho feio.
A incerteza do que se sente é o que equilibra. Pudesse qualquer mortal tórrido abraçar um dos extremos do que se  acaba por sentir que o suicídio estaria a caminho.
Pra quem não gosta de rock’n’roll  fica ainda mais difícil enfrentar os demônios que vão surgindo durante a vida. Sem Deus também é foda, o cara é insistente!
Mas, qualquer distração pode ser sinal de fraqueza, e essa sociedade medíocre não pode te perceber fraco. Essa gente, em sua maioria, acha que você está acabado por muito pouco, por qualquer gesto abatido seu.
Muitas atitudes que você pensava que nunca veria acontecer, você não só vê, ainda tem que guardar o retrato daquela frustração atrás dos olhos pra sempre que for dormir a recordação te ninar.
Enquanto uns se sentam a mesa com as sombras, outros procuram, até doer seus pés, pelo sol!
E assim tem sido, essas experiências empíricas nauseantes e a descoberta de que se tem de passar por muitos iditas para amadurecer.
Pra se criar algumas referências do que nunca se deve ser.
E do amor (repetitiva pulsação) só se consegue reter e ver no outro o medo e raramente, pela tarde, alguns versos cantarolados que não unem as mãos de ninguém.

Um comentário:

Ana Silva disse...

o misterioso veneno/antídoto que unem mãos e cooperam com as sensações...