Doloroso pensar na vida que já poderia estar lá na frente... (Na frente de quem menina?)
Eu fumo um cigarro atrás do outro imaginando a solidão maior que me aguarda e é tudo uma tolice, seria inevitável esta tragédia, suas roupas rotas que eu me acostumei, cada trejeito que não verei mais.
A minha idiotia me mostrando que não aprendi nada sobre deixar viver, sobre renascer e essa minha descrença, desapego forjado, falso.

Pensar em tudo que ficou pra trás. Cortar o imaginário daquilo que nunca mais vai acontecer, tudo que não se soube viver e que talvez nem fosse pra mim.
Eu não tenho direito de falar ou mesmo de escrever nada, somos todos tão falhos e não temos certeza de quase sentimento nenhum na verdade.
Pegue seu amor por mim escreva numa folha de sulfite, faça um barquinho de papel e deixe descer pela sua rua, isso se der tempo do amor passar, do amor acordar e se lembrar que quando chove assim é a hora de morrer afogado na valeta cheia de lixo, porque hoje as lágrimas que me afogam são minhas.
Um comentário:
caminhos que queremos andar só, traçados a dois.
a parada para o descanso nunca esperado pelo companheiro...
a longa curva que empede de olhar para tras...
imaginando o destino traçado, comendo a poeira da estrada, criando nossa imagem refletindo na lama originada pelo choro, nos encontramos pedindo carona em qualquer acostamento, a qualquer estranho.
temos saudade, nostalgia, tristeza, dor de despedida... tudo no tom de nosso amor, que as vezes esquece de ser proprio.
nossa passionalidade que esquece que ver o presente sem lembrar do passado, e ve o futuro sem lembrar do presente.
mulher bela, bonita, sabe se expressar; nao tem futuro como coadjuvante de uma foto de estante.
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