Nossas crianças crescerão, nossos pais, fatalmente morrerão.
Vai restar no coração lembranças vagas e algumas lembranças
coloridas, muita saudade que não muda nada, que sequer nos tira do lugar...
Vão sobrar sonhos multiplicados com medo, o tempo vai passar
pra todos, do mais nobre ao mais vil.
As únicas certezas que temos é a do amor que damos e do
tempo passando, escorrendo pelos ralos, pelas unhas, pelos muros, como relva em
alvoradas frias.
Tão imediato quanto o tempo é a urgência em amar de novo.
Pra se sentir completo, num êxtase contraditório de se dar tanto até ficar
vazio... Até o coração parar de bater e romper o silêncio com o barulho da solidão
e da morte, enfim.
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