sexta-feira, agosto 11, 2006

torneira aberta.

"(...) Eu... A andorinha
contou que,
sozinha, canta, mas não faz verão.
Tem boi na linha.É o mesmo trem, a mesma estação.
Resumindo: -Até logo, eu vou indo.
Que é que estou fazendo aqui?
Quero outro jogo,
que este é fogo de engolir. "
(Belchior_Depois das seis)



-Dá pra ouvir daí?
Não, não, é mais embaixo.
Isso, bem aí.
Pega esse pedacinho do meu coração pra mim e manda ele parar de cantar Tom Waits.
Já não basta os outros que declamam Florbela Espanca bem ás cinco da manhã.
Estou tentando juntar todos e calar os risos das paredes do meu quarto que ironizam alegres as noites que passei longe.Vou reunir todos os pedaços e ter de volta meu coração.
"Toda caixa guarda alguma coisa, mesmo que o vazio, mesmo que o silêncio de um morto."
Ah!
Todos os clichês são válidos porque toda a poesia não bastou.
Como duas pessoas tão iguais podem se tornar tão distintas quando é preciso deixar tudo pra trás?

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