domingo, agosto 13, 2006

Necessidade de auto-afirmação?

"(...)E vem você
Me olha através da cortina do tempo
Me pega sentado no palco da vida
Tão fraco e indefeso
Marcas desse nosso tempo
E vem você
Que faz do meu canto um canto de paz
E eu tão tapado coitado até penso
Que o meu Negro Blues
é folclore de Minas Gerais "


Como já dizia minha mãe: "Filha você é estranha, não se pode passar a vida assim; vendo ela passar, esperando sabe lá o quê...".
Ela não entende, eu não entendo.
É tão trivial esse assunto que eu o desprezo, odeio os clichês e as trivialidades.
Eu queria escrever sobre a Amanda Cristina Carvalho hoje, mas eu nunca sei em que discurso eu fico; direto ou indireto.Em qual sujeito me classifico, simples, composto ou oculto.
Hoje é dia dos pais.
Estou neutra aos meus sentimentos, e contendo meus pensamentos que são mais bizarros e surrealistas do que um filme de Buñuel.
Eu sinto que estou sempre alimentando os mesmos cães que me feriram.
Eu sinto, sei, penso.
Mas não saio daqui.
Eu sempre fico pra ver o final, mesmo que ele for eu nua e exposta em praça pública pra toda e qualquer chance de me camuflar na minha arrogância se perder, tão precisa quanto um tiro.
Eu só funciono assim, quando eu já disse e fiz tudo que podia e o que não podia.
Arredia e patética num limite de bomsensopseudoliterário.
Já percebi como as pessoas reagem a um murro, sem precisar sujar minhas mãos!
É pra falar de medo, a gente fala de medo, mas se é pra inspirar coragem, eu tiro os sapatos e piso nas pedras, me corto na lâmina da impressão.
Mas eu caio e passo meus anos no tapete verde do mundo que é só meu, observando a vida lá fora.
Eu estou me sentindo de outra espécie, eu já não peço explicação.
Arrebenta essa corda quem tiver coragem e vem aqui me dizer quem eu sou quando eu faço tudo e todos virar contradição.
Se eu incomodo é porque existo, é porque sou de verdade.
É real quando eu tropeço pelas ruas com as lágrimas nos olhos e os gritos deixados em algum outro olhar se tornam apenas ecos do que eu sentia.
É real mesmo que por engano, por doses de mágoas* a mais. É pra me ver morrer mesmo.Mas sem o peso do amor -em vias erradas- pra quando eu for ressucitar.



3 comentários:

Anônimo disse...

é, a vida passa lá fora.
e a gente sempre espera um nem sei o que, nem sei quando.


onde vc compra churros?




=******

Anônimo disse...

"de quem nunca soube respirar sem o sangue na garganta..."
Adoro ler seus textos,...
Beijos Amanda, força sempre.!

Anônimo disse...

Buenas.
Eu sou suspeito porque gosto dos seus textos. Tu escreve melhor do que eu.
Se cuida. =)
29 beijos.